Variante XFG da Covid-19 é identificada no Piauí e reforça alerta para medidas preventivas

A Secretaria de Estado da Saúde do Piauí (Sesapi) confirmou a circulação da variante XFG do coronavírus no estado. A identificação foi realizada pelo Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen-PI), em parceria com a Fiocruz Piauí, por meio de análises genéticas de amostras positivas coletadas entre janeiro e agosto de 2025.

As amostras foram obtidas em diversos municípios, incluindo Teresina, Altos, Parnaíba, São João do Piauí, Campo Maior e Morro Cabeça do Tempo. A presença da variante XFG no território piauiense ocorre em um momento de aumento dos casos de Covid-19, o que levanta preocupações sobre a disseminação da nova linhagem e seus impactos na saúde pública.

Características da variante XFG

A variante XFG apresenta mutações que podem reduzir parcialmente a ação dos anticorpos, o que exige atenção das autoridades sanitárias. No entanto, até o momento, não há evidências de que essa linhagem provoque quadros clínicos mais graves ou comprometa a eficácia das vacinas e medicamentos utilizados no combate à Covid-19.

Por esse motivo, a XFG foi classificada como uma “variante sob monitoramento”, o que significa que ela será acompanhada de forma contínua pelas equipes de vigilância, sem que haja necessidade de alteração nos protocolos médicos ou nas estratégias de imunização.

Ações da Sesapi e recomendações à população

A Sesapi informou que continuará realizando testes e análises genéticas regularmente, em parceria com a Fiocruz Piauí e as vigilâncias municipais. O objetivo é identificar possíveis mudanças no comportamento do vírus e orientar decisões de saúde pública com base em dados atualizados.

Marylane Viana, coordenadora de Vigilância em Saúde da Sesapi, destacou a importância da manutenção dos cuidados básicos. “Evitar aglomerações, usar máscaras em ambientes fechados ou com grande circulação de pessoas, e manter a vacinação em dia são medidas fundamentais para conter o avanço do vírus, especialmente entre grupos mais vulneráveis como idosos, crianças e adolescentes”, afirmou.

A vacinação continua sendo uma das principais ferramentas de prevenção. A recomendação é que pessoas com maior risco de complicações recebam doses a cada seis meses. Para os demais, a orientação é de uma dose anual.