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Trump toma posse como 47º presidente dos EUA

Trump toma posse como 47º presidente dos EUA

Donald Trump, de 78 anos, assumiu oficialmente nesta segunda-feira, 20, o cargo de 47º presidente dos Estados Unidos, sucedendo o democrata Joe Biden. A cerimônia de posse do republicano atraiu centenas de apoiadores, políticos, embaixadores, líderes internacionais, celebridades e empresários ao Capitólio, em Washington, DC, sede do Congresso dos EUA.

Junto ao vice-presidente eleito JD Vance, Trump prestou juramento ao cargo diante do chefe da Suprema Corte, John Roberts, ao meio-dia (horário de Washington, D.C., 14h em Brasília). Após a cerimônia de posse, o presidente pronunciou seu discurso inaugural, compartilhando sua visão para o futuro do país. Sua fala manteve o mesmo tom que caracterizou sua campanha eleitoral.

Na presença de quatro de seus antecessores — Joe Biden, Barack Obama, George W. Bush e Bill Clinton — Trump disse que a era de ouro dos Estados Unidos começa agora. “A partir deste dia nosso país florescerá e será respeitado por todo mundo. Seremos invejado por todo mundo e não permitiremos que ninguém se aproveite da gente”. 

O republicano também falou em restauração da América. “Colocarei a América em primeiro lugar. Nossa soberania será recuperada, nossa segurança, as balanças da justiça equilibrada. Nossa maior prioridade é criar uma nação orgulhosa, próspera e livre. A América em breve será maior, mais forte. Eu retorno com confiança e otimismo que estamos no início de uma era de muito sucesso nacional”.

Imagem: Chip Somodevilla / Reuters


Veja outros destaques da fala de Trump:

• Promete pôr fim à censura governamental

• Disse que irá endurecer o cerco contra os imigrantes. 

• Prometeu fazer uma restauração da América

• Promete eliminar os cartéis liderados por organizações terroristas.

• Promete fazer dos Estados Unidos um país Industrial

• Garante que irá diminuir tarifas e impostos

• Afirma que vai combater a inflação no País.

A posse, assim como o discurso de posse de Trump, foi feita na Rotunda do Capitólio, ou seja, do lado de dentro do prédio. A cerimônia aconteceu em um local fechado para proteger os apoiadores do republicano do frio, já que a capital americana registra apenas -4º C como máxima e -13º C como mínima nesta segunda-feira.

Com a cerimônia de posse finalizada, o presidente participa de um tradicional almoço no Capitólio com líderes do Congresso. Depois, ao lado da primeira-dama, Melania Trump, seguirá pela Pennsylvania Avenue em uma procissão até a Casa Branca, acompanhado por regimentos militares, bandas marciais escolares, carros alegóricos e grupos de cidadãos. 

Relação Brasil e EUA

Com a posse de Trump, espera-se que a relação entre o Brasil e os Estados Unidos se torne mais distante, já que o presidente americano adotará uma postura mais rígida na defesa dos interesses de seu país. Leonardo Paz, professor de relações internacionais do Ibmec-RJ, destaca que o Brasil, atualmente governado por uma administração de centro-esquerda, não é bem visto pelo presidente dos EUA.

Além disso, o Brasil mantém fortes vínculos econômicos com a China e é um grande exportador de imigrantes para os Estados Unidos.

Diante desse cenário, é provável que a relação entre os dois países permaneça fria nos próximos dois anos. Não se espera uma grande interação em questões globais como mudança climática ou combate à fome. O foco do presidente pode estar mais voltado para outras questões regionais como Venezuela e Cuba, enquanto o Brasil pode acabar sendo negligenciado nesse processo”, argumenta Paz.

Denilde Holzhacker, professora de Relações Internacionais da ESPM, acredita que Brasil e Estados Unidos terão um relacionamento mais no nível técnico do que político, em função das divergências e visões muito distintas de Trump e do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). No resto do mundo se imagina também que esse vai ser o tom da política do magnata norte-americano. 

Para o Brasil, é ruim a saída e a diminuição do papel americano nas questões de mudanças climáticas em um ano em que o Brasil vai ter a COP 30 [Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2025]. A participação americana seria importante para reforçar o avanço e uma situação de maior envolvimento dos países nessa agenda”, conclui a professora.



Fonte: Redação Terra

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