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Policia Civil do Maranhão cumpre mandados judiciais em endereços ligados a influenciador investigado por promover rifas ilegais, em Santa Inês

Policia Civil do Maranhão cumpre mandados judiciais em endereços ligados a influenciador investigado por promover rifas ilegais, em Santa Inês

Na manhã desta terça-feira (11), a Polícia Civil do Maranhão, por meio da Superintendência Estadual de Investigações Criminais (Seic) e do Departamento de Combate ao Crime Organizado (DCCO), deu cumprimento a mandados de busca e apreensão e de sequestro de bens contra um influenciador digital e seu irmão, em Santa Inês. A ação faz parte da segunda fase da Operação Cortina de Fumaça, que investiga a promoção de rifas ilegais e crimes correlatos.

O delegado Pedro Adão, responsável pelas investigações, destacou que os mandados cumpridos incluem a busca e apreensão de dispositivos eletrônicos e documentos, bem como o sequestro de um imóvel de luxo, avaliado em aproximadamente R$ 1,8 milhão. O patrimônio, localizado na Vila Olímpica, estava registrado em nome do irmão do influenciador, uma estratégia utilizada para ocultar a verdadeira propriedade do investigado.

Durante a operação, agentes da Polícia Civil apreenderam telefones celulares, um computador, documentos e três veículos, incluindo um de luxo, na residência do irmão do influenciador, situada no bairro Jardim Brasília. As provas serão utilizadas para aprofundar a investigação criminal.


Esquema de rifas ilegais e lavagem de dinheiro

Segundo as apurações, o grupo criminoso utilizava autorizações para comercialização de títulos de capitalização como fachada para promover rifas ilegais. Para evitar a fiscalização, os investigados realizavam transferências para uma entidade de assistência social, que devolvia parte dos valores ao líder do esquema.

Além das rifas ilegais, o influenciador digital é suspeito de lavar dinheiro por meio da dissimulação de bens em nome de terceiros e da movimentação de valores em contas bancárias pessoais e empresariais. Até o momento, os investigados respondem por contravenção penal relacionada às rifas ilegais e pelos crimes de lavagem de dinheiro, associação criminosa e crimes contra o consumidor.


Relembre o caso

A primeira fase da Operação Cortina de Fumaça foi deflagrada em dezembro do ano passado, tendo como principal alvo o influenciador digital. Na ocasião, foram cumpridos mandados de busca e apreensão em sua residência e em um galpão onde eram realizados os sorteios das rifas.

Na primeira fase da operação, a Polícia Civil apreendeu diversos bens, incluindo veículos de luxo, motocicletas, um cavalo de raça, um caminhão, uma moto aquática e dispositivos eletrônicos. Além disso, R$ 12,7 milhões foram bloqueados judicialmente, devido à suspeita de que fossem provenientes do esquema de rifas ilegais.

Desde então, o influenciador digital está proibido de deixar o país, precisou entregar seu passaporte à justiça e não pode alterar seu endereço de residência. Além disso, suas redes sociais, utilizadas para promover as rifas, foram bloqueadas por decisão judicial.

A Operação Cortina de Fumaça conta com apoio da Rede de Recuperação de Ativos (Rede Recupera), do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), contribuindo para o combate a crimes financeiros e para a asfixia econômica de organizações criminosas. As investigações continuam para identificar outros envolvidos no esquema.

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