Tarcísio de Freitas é apontado como favorito da direita para disputa presidencial de 2026, diz Ciro Nogueira

Embora o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), tenha afirmado após encontro com o ex-presidente Jair Bolsonaro que pretende disputar a reeleição, ele continua sendo, entre aliados, o nome mais forte da direita para concorrer à Presidência em 2026.

O senador Ciro Nogueira (PP-PI), presidente do PP — partido que integra federação com o União Brasil —, afirmou ao PlatôBR que o anúncio do apoio de Bolsonaro deve ocorrer até dezembro. Segundo ele, nas atuais circunstâncias, Tarcísio seria o candidato mais bem posicionado para enfrentar o governo Lula.

“Ainda tem muita coisa para acontecer, mas até dezembro ele [Bolsonaro] resolve. É claro que, se fosse hoje, o candidato seria o Tarcísio”, declarou Nogueira.

O senador também destacou que, no momento, nenhum nome da família Bolsonaro teria condições de vencer Lula, e que o ex-presidente não se arriscaria a disputar uma eleição com risco de derrota. “Hoje, eu acho que um nome da família não teria como ser eleito. E o Bolsonaro é a única pessoa que não pode correr risco nessa eleição”, afirmou.

Alinhamento com Bolsonaro

Durante a entrevista, Nogueira ressaltou a proximidade política entre Tarcísio e Bolsonaro, destacando que o governador seguirá as orientações do ex-presidente. “O alinhamento de Tarcísio com Bolsonaro é perfeito. Tarcísio vai fazer o que o Bolsonaro mandar. A chance de ele concorrer sem o apoio de Bolsonaro é nenhuma”, disse.

O senador ainda observou que Bolsonaro continuará sendo uma liderança política relevante independentemente de 2026. “Daqui a 10, 20 anos, ele ainda será um grande líder. Se pudesse escolher um filho, o Flávio, por exemplo, seria o candidato. Mas ele vai escutar a opinião de pessoas de confiança antes de decidir para não correr risco de derrota”, explicou.

Perspectiva eleitoral

Segundo Nogueira, a decisão sobre o candidato será tomada em dezembro. Até lá, o governador paulista permanece em posição estratégica, tanto no cenário estadual quanto nacional, reforçando sua relevância na oposição ao governo Lula.