MDB do Piauí reconhece desconforto, mas descarta crise com governo Rafael Fonteles

Lideranças defendem cautela após confirmação de vice do PT na chapa de 2026; Themístocles Filho assume governo interinamente nesta quinta (3)
As principais lideranças do MDB no Piauí adotaram um tom moderado diante da informação de que o Partido dos Trabalhadores (PT) deve ocupar a vaga de vice na chapa majoritária encabeçada pelo governador Rafael Fonteles (PT) nas eleições de 2026. Apesar do incômodo nos bastidores, dirigentes da legenda reforçam que “não há sangria desatada” na relação com o governo estadual.
O vice-governador Themístocles Filho (MDB), que assumirá interinamente o comando do Executivo na próxima quinta-feira, 3 de julho, tem evitado declarações públicas sobre a sucessão. Reservado, o emedebista afirma que seguirá desempenhando a função com discrição e institucionalidade, como já ocorreu em outras ocasiões.
Já o presidente estadual do MDB, o senador Marcelo Castro, admitiu que o partido vive um momento de desconforto político com a condução do debate sobre a composição da chapa. Ele, no entanto, descartou qualquer decisão precipitada e garantiu que o tema será debatido internamente com responsabilidade.
“Há desconforto, mas sem precipitações. O partido vai avaliar o cenário com serenidade. O MDB tem história, tem força política e saberá tomar a melhor decisão no momento certo”, declarou o senador.
O posicionamento ocorre em meio a discussões cada vez mais avançadas dentro do PT pela construção de uma chapa pura para 2026, com a manutenção da candidatura à reeleição de Rafael Fonteles e a indicação do vice também dentro da legenda petista. A medida gerou reações nos partidos aliados, especialmente no MDB, que ocupa a vice-governadoria desde 2022.
A expectativa é que, após o recesso parlamentar, o MDB convoque uma reunião ampliada para discutir formalmente sua posição nas eleições do próximo ano.
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