Jovem de 19 anos é presa suspeita de matar filha recém-nascida na zona rural de Inhuma
Na segunda-feira (18), uma jovem de 19 anos foi presa preventivamente, suspeita de matar sua filha recém-nascida na localidade Atrás da Boa Esperança, na zona rural de Inhuma, município localizado a 244 km de Teresina. De acordo com a Polícia Civil do Piauí (PCPI), a causa da morte foi um traumatismo craniano.
O delegado Fábio Rodrigues, responsável pela investigação, informou ao g1 que a prisão preventiva foi solicitada após depoimentos de testemunhas e o exame cadavérico da vítima, que confirmou a lesão no crânio do bebê. Segundo ele, “diante das inconsistências das informações, a gente deslumbrou um crime de homicídio qualificado. A investigação está quase no final”, afirmou.
O caso ocorreu no dia 1º de fevereiro de 2025, quando a mãe da jovem encontrou a filha desmaiada e coberta de sangue em um matagal próximo à residência da família, local utilizado como banheiro. Após acordar, a jovem alegou à mãe que estava apenas menstruada, mas a avó da criança retornou ao local e encontrou o corpo do bebê coberto por uma toalha.
A avó então acionou o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), que levou a jovem e o bebê ao Hospital Municipal Inhazinha Santos, em Inhuma. No hospital, a equipe médica constatou que a criança tinha 2,8 kg e 50 cm de comprimento, e a morte foi diagnosticada como traumática. O médico que atendeu a jovem suspeitou das circunstâncias da morte e acionou a polícia.
A Polícia Militar do Piauí (PMPI) revelou que a criança apresentava uma lesão na cabeça, do lado direito do crânio, próximo à orelha, e estava com sangramento no ouvido. Ainda não foi esclarecido como o bebê sofreu essas lesões.
A avó da criança informou à PM que não sabia da gravidez da filha, embora desconfiasse das constantes dores que ela sentia e do aumento da barriga. Além do outro filho da jovem, a avó cuida de quatro netos, e a família vive em situação de vulnerabilidade social.
Com a prisão da jovem, a Polícia Civil deve concluir o inquérito e enviá-lo ao Ministério Público do Piauí (MPPI), que decidirá sobre a apresentação de uma denúncia à Justiça. O caso segue sendo investigado.
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