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Empresário morto pelo PCC levava R$ 1 milhão em joias

Empresário morto pelo PCC levava R$ 1 milhão em joias

Delatores conhecidos como “X-9” são frequentemente jurados de morte por facções criminosas no Brasil, como o Primeiro Comando da Capital (PCC). O empresário Antônio Vinicius Lopes Gritzbach, executado no Aeroporto Internacional de São Paulo em 8 de novembro, era um desses. Com a cabeça a prêmio por denúncias ao PCC e considerado um “caguete”, ele carregava consigo uma mala contendo mais de R$ 1 milhão em joias e objetos de valor.

A Polícia Civil de São Paulo está investigando se as joias de luxo podem estar relacionadas à execução de Gritzbach. Nos últimos meses, o empresário havia revelado segredos da facção e o envolvimento de policiais corruptos em depoimentos ao Ministério Público de São Paulo. Conforme o boletim de ocorrência, ele trazia consigo 38 joias de alto valor, incluindo anéis com pedras preciosas, pulseiras douradas e prateadas, e colares de marcas renomadas, como Bulgari, Cartier e Vivara, após uma viagem a Maceió.

Além das joias, ele carregava itens pessoais, como um celular, um notebook da Apple, R$ 620 em dinheiro e um relógio Rolex. A polícia informou que Gritzbach teria ido a Maceió para cobrar uma dívida de um conhecido. Iniciou sua carreira como corretor de imóveis e, com o tempo, envolveu-se com lavagem de dinheiro para o PCC, por meio de bens de luxo e transações em bitcoins. Entre 2014 e 2018, trabalhou na Porte Engenharia, uma construtora da zona leste de São Paulo, onde participou de grandes projetos imobiliários, como o Platina, o edifício mais alto da cidade.

Em seus depoimentos, Gritzbach mencionou figuras do crime organizado, como Anselmo Santa Fausta, o “Cara Preta”, e Claudio Marcos de Almeida, conhecido como “Django”. Ele relatou que ordenou a morte de Cara Preta após um conflito relacionado a dívidas de investimentos em bitcoins. Após o assassinato, foi ameaçado por Django e outros criminosos em uma casa no Tatuapé, onde um dos envolvidos disse que iria “esquartejá-lo”. Mais tarde, ele afirmou ter sido forçado a devolver valores em criptomoedas ligados a Cara Preta.


Fonte: Metrópoles

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