Avaliação de risco social de estudantes marca nova fase do Saúde e Segurança nas Escolas
Com o objetivo de tornar as escolas públicas do Piauí espaços mais seguros, acolhedores e atentos às realidades dos estudantes, teve início nesta terça-feira (29) a formação de profissionais que irão aplicar a segunda edição da Avaliação de Risco Social na rede estadual de ensino. A iniciativa faz parte do Programa Saúde e Segurança nas Escolas, coordenado pelo Governo do Estado por meio da articulação entre as Secretarias da Educação (Seduc), Segurança Pública (SSP-PI) e Saúde (Sesapi).
Nesta nova etapa do programa, a proposta é capacitar 1.800 professores e servidores da Seduc que atuam diretamente nas escolas. Com isso, espera-se alcançar 143 mil estudantes em todos os municípios piauienses, identificando situações de vulnerabilidade e risco social, como casos de bullying, cyberbullying, negligência, entre outros. A partir dos dados coletados, será possível desenvolver políticas públicas mais eficazes e direcionadas.

A aplicação do questionário terá início simultâneo à formação. Inicialmente, 400 avaliadores de Teresina estão atuando nas escolas das Gerências Regionais de Educação (GREs) Norte, Sul, Leste e Sudeste. A partir do dia 30 de abril, a ação se estende para as demais regiões do interior do estado.
Para Eugênia Villa, diretora de Gestão Interna da SSP-PI, a formação não se limita ao uso técnico da ferramenta digital, mas visa preparar os avaliadores para compreender a fundo os contextos sociais enfrentados pelos alunos. “Quando o avaliador entende os desafios por trás das respostas, ele se torna peça-chave para transformar a escola em um espaço mais seguro e sensível às necessidades dos jovens”, explicou.
Formação estruturada e tecnologia como aliada
A formação dos avaliadores foi estruturada em quatro módulos. O primeiro apresenta o objetivo da Avaliação de Risco Social e as situações que devem ser observadas. Em seguida, os participantes têm acesso a dados da edição anterior, realizada em 2024, que traçam um panorama das principais vulnerabilidades enfrentadas pelos alunos.

O terceiro módulo detalha o questionário a ser aplicado, explicando de forma clara o significado de cada pergunta, o que permite maior uniformidade e sensibilidade na abordagem com os estudantes. Por fim, os profissionais aprendem a utilizar a plataforma digital onde as respostas serão registradas de forma segura e ágil.
O professor Ronaldo Marques, diretor do Centro de Ensino de Tempo Integral (Ceti) Vila Paraíso, na zona Norte de Teresina, destaca a importância da iniciativa no cotidiano escolar. “Esse encontro tem sido um momento importante de aprendizado. Quando entendemos bem como funciona a avaliação, conseguimos aplicar tudo com mais cuidado. O programa ajuda a enxergar quem precisa de apoio e mostra aos alunos que não estão sozinhos”, afirmou.
Educação que acolhe
A Avaliação de Risco Social é apenas uma das frentes do Programa Saúde e Segurança nas Escolas. A iniciativa inclui ainda ações como Justiça Restaurativa, Mediação de Conflitos, Saúde Digital, Desenvolvimento da Inteligência Emocional, Busca Ativa Escolar e suporte psicológico aos estudantes.

Para o secretário de Estado da Educação, Washington Bandeira, o programa reafirma o compromisso da atual gestão com uma educação mais humana e atenta. “Com essas ações, o governador Rafael Fonteles reforça a proposta de uma escola que não apenas ensina, mas protege, acolhe e cuida. Uma escola que escuta seus estudantes e age com empatia, responsabilidade e prontidão diante de suas demandas”, destacou.
Com essa mobilização estadual, o Piauí dá um passo decisivo para transformar o ambiente escolar em um espaço onde todo estudante possa se sentir visto, respeitado e protegido.
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