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Aluna de Direito gasta R$ 77 mil de formatura no Jogo do Tigrinho

Aluna de Direito gasta R$ 77 mil de formatura no Jogo do Tigrinho

Uma estudante de Direito da Unidade Central de Educação Faem (UCEFF), em Chapecó/SC, se viu no centro de um grande escândalo após perder, em apostas online, quase R$ 77 mil, quantia arrecadada para a formatura da turma. A jovem, que exercia a presidência da comissão de formatura, revelou aos colegas que se viciou no jogo “Tigrinho” e, ao perder todo o dinheiro pessoal, passou a usar os recursos da formatura na tentativa de recuperar o montante.

Em uma mensagem enviada aos colegas, a presidente da comissão confessou: “Eu perdi todo o dinheiro da formatura. Me viciei em apostas on-line, Tigrinho e afins, e quando perdi todo o dinheiro que eu tinha guardado, comecei a usar o da formatura para tentar recuperar. E aí, cada vez mais fui me afundando no jogo.


O episódio gerou grande preocupação entre os colegas de turma e, em seguida, levou ao registro de um boletim de ocorrência. A Polícia Civil de Chapecó iniciou uma investigação sobre o caso, trabalhando com duas linhas de apuração: apropriação indevida ou estelionato.

O dinheiro perdido havia sido acumulado ao longo de três anos de contribuições dos estudantes. A presidente da comissão, que havia se oferecido voluntariamente para coordenar os recursos, foi responsável por gerenciar a quantia. No entanto, menos de um mês antes da data da formatura, marcada para 22 de fevereiro, ela revelou, via mensagem, que não tinha mais o dinheiro. Em um último esforço para pagar o evento, a presidente alegou não ter condições financeiras de honrar com o restante do valor devido à empresa contratada para a celebração.

Veja print publicado pelo G1:


A empresa, que já havia recebido um adiantamento de R$ 2 mil, alertou os alunos sobre o descumprimento do acordo. O saldo restante, no total de R$ 76.992,00, deveria ser pago até dezembro de 2024. Diante da falta de pagamento e após diversas tentativas de contato com a responsável, a empresa emitiu um ultimato aos estudantes, afirmando que a presidente da comissão declarou não ter mais os recursos.

A Polícia Civil de Chapecó abriu um inquérito para apurar o ocorrido, com o objetivo de identificar a responsabilidade da estudante, enquanto uma ação judicial foi movida para tentar rastrear e recuperar o valor desviado.

Apesar do golpe financeiro, os estudantes não desistiram da tão esperada celebração. Em busca de uma solução, eles lançaram uma campanha de arrecadação online e estão promovendo eventos para levantar os fundos necessários para realizar a formatura. O evento, que inicialmente seria realizado em fevereiro, foi reagendado para maio deste ano, na tentativa de superar o contratempos e garantir a realização da festa de formatura.

O caso, que gerou repercussão nacional após ser revelado pelo portal G1, segue em investigação, enquanto a turma enfrenta um desafio extra para celebrar o fim de um ciclo acadêmico.

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