Piauí tem 38 mil pessoas diagnosticadas com Transtorno do Espectro Autista, aponta Censo 2022
Por Rayane Venancio – Cidade Verde

No Piauí, cerca de 38 mil pessoas declararam ter recebido diagnóstico de Transtorno do Espectro Autista (TEA), o que corresponde a 1,2% da população residente no estado. Os dados são do Censo Demográfico do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2022, divulgados na sexta-feira (24).
Essa é a primeira vez que o Censo inclui informações sobre o autismo.
A pesquisa destaca ainda que a prevalência do diagnóstico é maior entre os homens (1,5%) do que entre as mulheres (0,8%). O número de diagnósticos é maior entre crianças, que representam, ao todo, 16.354 pessoas de 0 a 14 anos com autismo. Nos demais grupos etários, os percentuais oscilaram entre 0,7% e 1,3%.
Foto: Censo IBGE

No Brasil, foram registradas cerca de 2,4 milhões de pessoas com autismo, o equivalente a 1,2% do total da população do país. Os maiores índices foram registrados no Acre (1,6%), no Amapá (1,5%) e no Ceará (1,4%). Já as menores proporções ficaram com Tocantins e Bahia, ambos com 1,0%, e o Amazonas, com 1,1%.
Autismo na população, por cor ou raça
Os números do Censo mostram que, no Piauí, a maior proporção de pessoas diagnosticadas com autismo no estado foram as autodeclaradas indígena, com 2,3%, o que equivale a um total de 137 pessoas. Em seguida, estão os autodeclarados brancos (1,3%), pardos (1,1%), pretos (1,0%) e amarelos (1,0%).
Foto: Censo IBGE

O maior percentual nacional ficou entre as pessoas que se declararam como brancas, com 1,3%, o que equivale a 1,1 milhão de pessoas. A menor prevalência está entre as pessoas que se declararam como de cor ou raça indígena, com 0,9%, o que representa 11,4 mil pessoas. Este percentual sobe para 1% quando consideradas também as pessoas de outra cor ou raça que se consideram indígenas.
Entre as pessoas amarelas, 1,2% possuem diagnóstico de autismo, o que corresponde a 10,3 mil pessoas. Cerca de 221,7 mil pessoas pretas e 1,1 milhão de pessoas pardas possuem TEA, o que representa 1,1% de cada uma dessas populações.
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