Collor nega estar doente, mas pede prisão domiciliar por Parkinson e transtorno bipolar
Mesmo após negar estar doente ou fazer uso de medicamentos, o ex-presidente e ex-senador Fernando Collor de Mello teve seu estado de saúde utilizado como argumento pela defesa durante audiência de custódia realizada nesta quinta-feira (25). Os advogados pediram à Justiça que o ex-mandatário pudesse cumprir prisão domiciliar, alegando que Collor sofre de comorbidades graves, incluindo doença de Parkinson, apneia do sono grave e transtorno afetivo bipolar.
O ministro Alexandre de Moraes, no entanto, decidiu encaminhar o ex-presidente para a Ala Especial do Presídio Baldomero Cavalcanti de Oliveira, em Maceió. De acordo com a determinação, Collor ficará em uma cela individual e a direção da unidade prisional deverá informar, no prazo de 24 horas, se possui condições adequadas para oferecer o tratamento médico necessário ao detento.

A prisão de Fernando Collor foi efetuada pela Polícia Federal na madrugada desta sexta-feira (26), em Maceió, em cumprimento a mandado expedido por Moraes. A medida foi tomada após a condenação definitiva do ex-senador pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, no âmbito da Operação Lava Jato.
Durante a audiência, Collor relatou o momento de sua prisão: “Eu estava no aeroporto embarcando para Brasília para me apresentar às autoridades judiciais”, afirmou. O ex-presidente também expressou o desejo de permanecer em Alagoas para cumprir a pena, pedido que foi acolhido pelo ministro.
“Nos termos da Lei de Execuções Penais, o local de cumprimento da pena, em regra, deve ocorrer no local de domicílio do preso, a fim de assegurar sua permanência próximo ao seu meio social e familiar”, destacou Moraes em sua decisão.
A situação de saúde do ex-presidente e as condições de sua custódia seguem sob avaliação da Justiça.
Fonte: R7
Publicar comentário