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MP pede ao STF suspensão de liminar e prisão de ex-secretário acusado de matar dono de churrascaria no Piauí

MP pede ao STF suspensão de liminar e prisão de ex-secretário acusado de matar dono de churrascaria no Piauí

O Ministério Público do Estado do Piauí (MPPI) ingressou com um pedido de suspensão de liminar junto ao Supremo Tribunal Federal (STF) para revogar a decisão que colocou em liberdade o ex-secretário de Agricultura de Inhuma, Erivan Gonçalves de Almondes. Ele é acusado de ser o autor dos disparos que resultaram na morte do empresário Adriano Dias Meireles, proprietário de uma churrascaria no município.

De acordo com o MP, o crime foi cometido por motivo fútil e com emprego de recurso que dificultou a defesa da vítima. Conforme a apuração, Erivan Gonçalves teria ido até a churrascaria como cliente, mas após um desentendimento com o dono do estabelecimento, foi convidado a se retirar. Minutos depois, ele retornou armado e efetuou vários disparos contra Adriano Meireles, que foi atingido no rosto, abdome e tórax, morrendo no local.

Ex-secretário Erivan Gonçalves de Almondes e Adriano Dias (à direita)


Em nota, o Ministério Público destacou que “o crime teria sido cometido por motivo fútil, em desavença banal desproporcional à conduta adotada e mediante recurso que dificultou a defesa da vítima, que estava desarmada e não ofereceu qualquer resistência aos ataques”. Além disso, os disparos foram realizados em via pública, colocando em risco a integridade de terceiros.

A prisão preventiva de Erivan foi decretada no dia 3 de março deste ano. Ele se apresentou à delegacia três dias depois, sendo transferido para a Penitenciária Regional Irmão Guido. No dia 19 de março, o MPPI ofereceu denúncia contra o acusado por homicídio triplamente qualificado.

Posteriormente, a defesa impetrou um habeas corpus, que teve liminar indeferida. No entanto, uma nova solicitação de liberdade pela mesma via resultou na soltura do ex-secretário. O MP, por sua vez, considera a medida inadequada, ressaltando a gravidade do crime e o risco social oferecido pelo acusado.

Diante da situação, o subprocurador de Justiça Jurídico, João Malatpo Neto, e a procuradora Zélia Saraiva Lima ingressaram com o pedido no STF, visando restabelecer a prisão preventiva de Erivan Gonçalves de Almondes e a expedição de novo mandado de prisão.

O caso segue em tramitação e aguarda decisão do Supremo Tribunal Federal.

Fonte: Portal A10+

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