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Após denúncia de assédio contra delegados, policiais civis protestam em frente ao DENARC.

Após denúncia de assédio contra delegados, policiais civis protestam em frente ao DENARC.

Foto: Laisa Mendes

Nesta quarta-feira (11), policiais civis realizaram uma manifestação em frente ao Departamento Estadual de Repressão ao Narcotráfico (DENARC), após uma acusação de assédio moral contra a delegada Adília Klein e o delegado Samuel Silveira.

Conforme Isaac Vilarinho, presidente do Sindicato dos Policiais Civis do Piauí – SINPOLPI, o incidente ocorreu após um conflito que envolveu a recusa de um funcionário em dirigir um veículo sem a certificação adequada adequada pelo Código de Trânsito Brasileiro. Após a recusa, um delegado anunciou que iria transferir o pessoal do DENARC.

O Sindicato, responsável por divulgar as atividades do Movimento Polícia Legal, foi chamado pelo agente. De acordo com Vilarinho, o delegado Samuel Silveira teria gritado com os policiais presentes e chamado a Polícia Militar para removê-los do local.

“O delegado Samuel Silveira falou conosco, chamou a Polícia Militar para nos deter, mas nós declaramos que não iríamos sair.” “Ele saiu para chamar a Polícia Militar para nos retirar deste local”, declarou.

Desde esse ponto, o SINPOLPI mobilizou funcionários de todas as unidades especializadas para apoiar a manifestação.

“Não vamos permitir que nenhum delegado ou administrador remova o Sindicato dos Policiais Civis do seu local de trabalho, pois temos as obrigações legais e constitucionais de supervisão”, declarou o presidente do SINPOLPI.

Vilarinho enfatizou as exigências do Movimento Polícia Legal , que englobam melhores condições laborais, pagamentos justos e infraestrutura para os agentes da lei, em particular para as mulheres.

A classe denuncia as condições precárias nas delegações do estado, incluindo a ausência de alojamentos para mulheres, coletes protegidos e condições de higiene, bem como a sobrecarga de trabalho, com policiais trabalhando sozinhos em turnos, seja na capital ou no interior.

“Somos a polícia com o pior salário do Brasil e buscamos um salário melhor justo. Além disso , buscamos condições, já que 90% das unidades policiais carecem de alojamento para mulheres e coletes para elas.” Segundo ele, as delegacias do interior não possuem condições sanitárias adequadas e os policiais civis estão realizando plantões sozinhos, tanto no interior quanto na capital.

Lucy Keiko, delegada geral da Polícia Civil, visitou o DENARC para se reunir com os agentes e afirmou que está monitorando as negociações. Quando questionado sobre a existência de casos de assédio, ele afirmou que isso era “extremamente comum” em contextos de movimentos sindicais.

“Ocasionalmente, os ânimos mudam, mas não prevejo nenhuma greve da categoria”, concluiu.

Fonte: Portal Ponto X

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